CUPINS

  • Os cupins são insetos que vivem em colônias de indivíduos interdependentes, onde há sobreposição de gerações e cuidados com a prole. Por serem insetos sociais, assim como as formigas e as abelhas, possuem divisão de trabalho em castas (operários, soldados e reprodutores) morfológica e funcionalmente diferentes.
  • Consomem celulose, encontrada em madeira, papel, plantas mortas, gesso cartonado, raízes, folhas, tecidos de algodão, etc. Os cupins fogem da luz por serem fototrópicos negativos e, por isso, vivem confinados no interior dos ninhos. Geralmente a fundação de uma colônia ocorre a partir da produção de imagos (jovens reprodutores) por colônias maduras.
  • Das espécies adaptadas ao ambiente urbano, muitas têm desenvolvido estratégias de voo que evitam a predação por pássaros e outros animais. Esses cupins realizam as revoadas ao entardecer, quando os seus predadores estão diminuindo suas atividades, e por serem pequenos e de coloração escura passam despercebidos em locais pouco iluminados. Isso ocorre com maior incidência entre os meses de agosto e outubro.

    Estes insetos são causadores de grandes prejuízos já que destroem e põem em risco estruturas de móveis, casas, galpões e atividades rurais produtivas. No Brasil os prejuízos gerados por cupins superam os R$ 500 milhões por ano

CUPIM DE MADEIRA SECA

  • Cryptotermes brevis é considerada uma das espécies de cupins de madeira seca mais destrutivas do mundo e é também a mais distribuída. Esta espécie tem origem indiana, é surpreendente apta a se adapta em todos os países por onde tem sido levada.
  • As colônias de cupins de madeira seca infestam diferentes tipos de madeira: não apodrecida, estrutural, móveis, ramos de árvores vivas em locais sombreados, árvores em pomares, postes e madeiras armazenadas.

Os cupins pertencentes a esse grupo têm baixa necessidade de umidade e possuem grande tolerância às condições secas por períodos prolongados. A água pode ser obtida diretamente da madeira que mesmo sendo em pequena quantidade é o suficiente graças a mecanismos especiais desenvolvidos para reduzir a perda de água. A umidade relativa do ar, por fornecer umidade à madeira, é indiretamente fonte de água para os cupins. A infestação de novas peças/móveis só pode ocorrer de duas formas: ou as peças ficam constantemente conectadas (madeira com madeira), ou houve revoada no estabelecimento.

O sinal mais característico de infestação por térmitas de madeira seca é a presença de grânulos fecais, que são colocados para fora da peça atacada. Quando as colônias são pequenas, a quantidade de grânulos fecais eliminados para fora da colônia é mínima, o que dificulta sua detecção. O acúmulo de asas caídas no interior da construção também revela a ocorrência de revoadas e pode ser indício de infestação.

CUPIM SUBTERRÂNEO

Os cupins subterrâneos (Coptotermes gestroi/ Coptotermes havilandi e Heterotermes sp.) são assim denominados por construírem seus ninhos no solo. São também chamados de “cupins de solo” ou “cupins de parede”. Ele também faz seus ninhos em vãos estruturais, como: caixões perdidos em edifícios, vãos entre lajes, paredes duplas, forros com pouco acesso ou qualquer outro espaço confinado que exista em uma estrutura. São os que causam danos mais significativos em edificações de áreas urbanas.

Os sinais típicos de ataque dos cupins subterrâneos são os caminhos (túneis de forrageamento) que eles fazem sobre a alvenaria ou outro material; estas estruturas são feitas de terra, material celulósico, fezes e saliva. Esse tipo de cupim constrói túneis que os protegem de predadores e perda de água, por exemplo. A dispersão destes cupins se dá, geralmente, através das revoadas e da formação de casais que fundarão novas colônias.

Caso uma edificação esteja no território de forrageamento de uma colônia, os operários utilizam-se de pequenos espaços da edificação que permitam o contato com os materiais celulósicos existentes no interior da construção, principalmente na sua estrutura. Esses espaços podem ser aberturas de tubulações e conduítes elétricos na fundação, pequenas rachaduras nas paredes, através de juntas de dilatação de vigas, e outros, onde os cupins tenham a possibilidade de construir seus tubos do solo até o alimento. A área potencial para o forrageamento pode atingir 10m de profundidade e 200m de extensão ao redor da construção atacada.

CUPIM ARBORÍCOLA

Os cupins arborícolas recebem esse nome devido ao hábito de construírem sobre árvores seus ninhos, geralmente grandes e com coloração bem escura. Os ninhos também podem estar apoiados sobre postes, paredes e madeiras. Essa espécie de cupim, nativa de regiões litorâneas, constroem túneis e galerias que vão desde o ninho até o chão.